LA CASA DE PAPEL - O FINAL DECEPCIONOU?

 


Nesta última sexta feira (3 de Dezembro) a Netflix disponibilizou em sua plataforma a segunda metade da quinta e última temporada de La Casa de Papel. A primeira metade da temporada de encerramento foi "ao ar" no início de setembro, e só agora, três meses depois, tivemos a oportunidade de conferir como a história do grupo de assaltantes mais carismáticos da Espanha termina.

RECAPITULANDO

Em 2017 a série La Casa de Papel, criada por Álex Pina, foi ao ar pela primeira vez na emissora de tv espanhola Antena 3A série foi inicialmente planeada como uma minissérie de 15 episódios dividida em duas partes, a primeira com nove episódios e a segunda com seis.

Logo após o lançamento da primeira temporada, e decorrente do grande sucesso vindo do público da tv aberta, a Netflix tratou de adquirir os direitos de transmissão e adaptação.

E assim que a plataforma recebeu os episódios, a série logo se tornou um fenômeno global.

O PRIMEIRO ASSALTO



A história do primeiro assalto começa quando um homem de codinome "O Professor" reúne um grupo de criminosos com habilidades específicas para invadirem e "assaltarem" à CASA DA MOEDA DA ESPANHA.

Todos os participantes do assalto deveriam utilizar nomes de cidade como codinomes.
Assim conhecemos os personagens: Tóquio, Denver, Berlim, Helsinki, Oslo, Nairóbi, Rio e Moscou.

A idéia é que, uma vez dentro do prédio, eles usassem o tempo de isolamento para imprimirem o próprio dinheiro e saírem sem nenhuma baixa entre eles, os reféns ou a polícia.

O que torna a série completamente intrigante, é o embate psicológico entre o Professor e a inspetora de polícia, Raquel Murillo.

Com episódios inteligentes e alucinantes, o primeiro assalto termina com os assaltantes conseguindo sair de dentro da casa da Moeda com €2.4 bilhões de euros, porém, com 3 integrantes do grupo mortos: Moscou, Oslo e Berlim.

Entretanto, o grupo também recebe 2 novas integrantes: Raquel Murillo (sim, a inspetora) e Monica Gaztambide (uma das reféns, que acaba se apaixonando por Denver).

O bando pega sua parte e seguem seu rumo, assim termina o primeiro assalto.

O SEGUNDO ASSALTO



Depois de passar algum tempo em uma ilha paradisíaca, Tóquio percebe que sente falta da aventura e 
da adrenalina, o que a leva a abandonar Rio, seu par romântico desde a primeira temporada.
Rio, por sua vez, compra celulares via satélite e tenta entrar em contato com a encrenqueira amada, abrindo a brecha para que a polícia o encontrasse e capturasse.

Depois de ser sequestrado e torturado pela polícia, mais precisamente, pela inspetora Alicia Sierra, o Professor decide reagrupar o bando e tentar resgatá-lo. E não há forma melhor do que fazer isso em um novo assalto. O Assalto Ao Banco da Espanha.

Neste novo momento da série, são introduzidos novos personagens: Manila, Palermo, Bogotá, Marsella, Benjamin, Alicia Sierra, o coronel Tamayo e César Gandía.
Se juntaram ao grupo de assaltantes também a ex inspetora Raquel Murillo, que agora usa o codinome "Lisboa" e Monica Gaztambide, também conhecida como "Estocolmo", fazendo referência à síndrome de Estocolmo.

A idéia deste assalto é atrair a atenção de toda a Espanha para o fato de que a polícia capturou um dos integrantes do bando e o está mantendo em cárcere ilegal e adotando a prática de TORTURA, levando o público a uma possível revolta contra a força policial.

Com o decorrer da temporada, as coisas dentro do banco se mostram ainda mais complicadas do que eram na Casa da Moeda.
Além de lidarem com reféns problemáticos dentro do banco e com a pressão da polícia do lado de fora, o grupo também tem que dar conta do chefe de segurança, César Gandía, que se mostra extremamente astuto e disposto a acabar com a vida dos assaltantes a qualquer custo.

Gandía dá muito trabalho ao bando, principalmente no momento em que dá um tiro bem na cabeça de Nairóbi.

Sem mais spoilers, vale dizer que este segundo assalto está ainda mais empolgante e surpreendente em relação ao primeiro.

E o final? Decepcionou?

De forma alguma.
O final de La Casa de Papel é um presente aos fãs, que acompanharam o Professor e sua trupe por mais de 4 anos.
Não faltam emoções, com reviravoltas, cenas de ação, jogadas inteligentes, personagens reaparecendo na hora H, e um Professor que se mostra não só um mestre no xadrez, mas que quando precisa que vá lá fora resolver pessoalmente, se mostra extremamente competente.

O final é realmente MUITO acima da média.

Mas nem tudo são flores.
A escolha da Netflix por dividir a última parte em duas se mostrou problemática em alguns quesitos:

A primeira metade termina com uma cena completamente surpreendente e emocionante. A espera de três meses para uma continuação fez com que o peso que os personagens sentem não fosse completamente percebido pela audiência.
Experimente assistir o último episódio da primeira metade antes de assistir aos outros.

Levando em consideração que a temporada estava completamente gravada e finalizada quando lançaram a primeira parte, é notável que a estratégia da Netflix era apenas segurar assinantes por mais tempo.

O que nos faz pensar: Vale a pena pagar uma assinatura de mais de R$55,00 mensais para ter um conteúdo fragmentado? A plataforma é a mais cara do mercado, no momento. E sinceramente, ultimamente não tem valido muito à pena. Mas para aqueles que são fãs de algo específico no catálogo a história é outra.

Enfim, esta é minha análise do final de La Casa de Papel.

E aí? O que achou do final?
Deixe um comentário abaixo, será um prazer ler sua opinião!

Comentários

  1. Muito boa análise e, concordo plenamente com essa questão da Netflix, achei totalmente desnecessário a separação em duas partes da última temporada. Na minha opinião, seria mais viável se a Netflix lançasse um episódio (como a Disney anda fazendo com as séries da Marvel e a Amazon com as suas séries por exemplo) por semana se o intuito fosse prender os assinantes por mais tempo.

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